terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Títere

e não venha esperar de mim benevolência...

não vou mais me gabar dessas minhas linhas tortas
não vou mais me iludir por estas tuas curvas
tu que me destes tanto pra sonhar acordada
hoje me fecha os olhos a mensão de novo dia

sei bem que neguei..a mim, a ti... esse canto
recatei teus litros de amor e concreturas
e chorei a ti, amor, as verdades minhas
[e pois, hoje vivo de sonhos, futuro e dieta]

cansei de rimas e coisinhas melodiosas
desses nossos milindros, frufrus e pelúcias
desses nossos livros de coisas guardadas
das nossas revistas de coisas e memórias póstumas
[como que semeando cores em treva]

é o que se diz daquilo que não tem fim certo
mas pra que ter fim coisas que nunca mudam?
se é amor, ou similar ou nem isso
deixa que seja, então, cedo ou tarde, um novo dia
[que um dia as horas cansam de não passar...]

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Atire-Se!

Quem nunca se apaixonou

Que atire a primeira pedra
Atire-se aos suspiros
e ao frio na barriga
Ei, você, que nunca se apaixonou

Atire-se

Às loucuras impetuosas
À ansiedade do toque do telefone
Às batidas na janela
Aos beijos escondidos
Aos beijos tímidos e aos lascivos
Aos beijos

Atire a primeira pétala
Da primeira declaração
Da promessa de eterno
Dos sonhos acordados
E de perder a razão

Atire-se às pedras

Atire-se ao rio
Atire flores

Atire elogios
Aos doces compartilhados
Aos momentos inesquecíveis
Aos poemas ensaiados
E aos versos indizíveis

Atire olhares encantados
Aos olhos do ser amado
E, atire-se aos braços

Atire a primeira pedra
quem nunca se apaixonou.

Atire-se!

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Saudade

até o amor tem um lado ruim.

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domingo, 29 de novembro de 2009

Impróprio

tem compaixão de mim, figura desconhecida
se teces esta conversa de pontos, de pontes a desfrutar
carrega a minha vontade nas costas carnivora e canibalesca
confesso nao ver que chegue e hora de saciar

[perdão se nao pude evitar estas ideias quentes]

mas que não há sedução alguma em palavras diretas
cultivo a ideia que medra todo esse jogo, essa dança maneira de 'acasalar'
de se entregar de se render, de quase ir, quase vir na onda alheia

mas de pés no chão, posso jurar que sou rude e encantadora criatura
cuja sedução desnuda é a pura falta de manha e molejo
guardo no peito a vontade não de desfrutar da pura e diretamente
[completamente, docemente, saborosamente e suculentamente] a dita fruta
mas se não apenas um olhar e um beijo

e chega pra mim o cume do prazer e deleite!
da alma o mais puro e intenso
orgasmo...

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sábado, 24 de outubro de 2009

bléh!



.

as vezes dá uma vontaaade de sair correndo!

pegar o primeiro ônibus pra lugar algum...

descer naquela rua que eu já vi passar

andar pela calçada, suja, de pé no chão...

ver gente passando, de mil formas e cores

ver mil jeitos, mil amores,mil sabores diferentes de sorvetes e bolinhos quentes...

Petit Gateau's ambulântes!

mil suores exorcisando a mandinga das semanas que passam

festejando a vitória de ser eles mesmos por um momento sequer...

nem que seja uma única vez na vida...

.

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pares

.

Um par e meio / Pra cada dia da semana / Um mês que vem / Um mês que vai / No mês que vem eu te juro / Te juro nunca mais / Uma tequila amiga / Um sentido aguçado / Um aperto no peito, / Um aperto de mão / Um sorriso entalado / Um sorriso enlatado / E uma boca trêmula / Só pra te ver partir / Um choro amargurado de quem dera ir / Quem dera vir / Quem dera ser essa coisa que te prende / Mas você quer voar / Quer partir de mim / Partir assim, sem sal / Sem paz, sem nada a dizer / Com tudo que tem / Com tudo de mim / Vai e não volta / Volta e meia diz que sim, que não / E não tem bem certeza da certeza de si mesmo / Insanidade? / Mata um, mata dois e meio / Corações que partem / Partidos se rebatem na cachola apertada / Na garganta doída / Na cabeça aprumada / Desapruma meu amor / Se arruma pra festa da despedida / É amor? O que é? / Uma vida / Uma vida e meia / Pra que meias me desse / Pra aquecer os pés / Pra não se resfriar / Se enrosca em mim, se despe e desmancha / Essa amargura repente / De quem quer encontrar / Uma pedra, uma ponta / Um pouquinho de sombra / No lençol encardido de mais de mil manhãs / Vem me devolve meu sono / Sê a minha alegria / Vem ser todos os dias / Que creio Deus dará / Vem ser o meu ‘pra sempre’ / Espero de repente / Poder, enfim... / Volta!

.

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domingo, 30 de agosto de 2009

Lágrima


É água do mar que transporta toda sua imensidão
Numa gotinha só
Expressa um mundo todo
Palavra condensando
Saudade.

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sábado, 13 de junho de 2009

A despedida

Era pouco mais de meio dia. Fazia calor e eu havia desistido de vestir algo além de uma bermuda. A campainha tocou, era Beth. Segurando uma latinha de coca-cola, abri a porta.
-Olá - Ela falou meio triste, um pouco entretida com o nosso cachorro amarrado na coleira que ela segurava. Beth tinha olhos castanhos bastante expressivos, eu adorava fotografá-los. E eram eles que me diziam um “adeus” enquanto a boca soltava um “olá”.
Deu um gole na minha coca, um selinho breve e entrou no apartamento.
Eu esperava vê-la cabisbaixa, usando um jeans, camiseta e havaianas, os cabelos presos de qualquer jeito e uma mochila jogada nas costas. Mas estava linda, com um vestido florido (aquele, que comprou exclusivamente pra ir a um show comigo) e sandálias de amarrar. Os cabelos estavam presos, mas não de qualquer jeito. A bolsa de pano era linda, cheia de fitas coloridas caindo. Trazia Fox na coleira e ele parecia bem a vontade, mesmo usando uma camiseta de bolinhas... Estranho, não me lembro de ter reparado em tantas coisas nela antes.
Ela soltou Fox e foi pra cozinha, se serviu de uma lata de refrigerante. Eu fiquei na sala, acariciando Fox e tirando a coleira. Ela voltou e sentou-se na poltrona, e eu no sofá.
Parecíamos duas crianças. Um ano e dois meses, cinco meses morando juntos, divididos entre tapas e beijos, desavenças, crises. No meio de umas dessas, inclusive, ganhamos o Fox de um amigo. Era um labrador e daria o maior prejuízo quando crescesse e precisasse de espaço, e nosso apartamento era pequeno. Mas Beth nunca deixava-o se sentir triste, nunca deixava que lhe faltasse nada, de comida à amor. Fox chegou a dormir em nossa cama nos primeiros dias e ainda faz isso quando as chuvas trazem relâmpagos e trovões. O bicho parece um adolescente que não cabe mais na cama dos pais, e que não encontra segurança e conforto em outro lugar senão ao lado da mãe. Por essas e outras, e apesar de ter sido um presente pra mim, estava estampado no focinho dele que preferia a Beth; só me restava aceitar.
Eu não sabia exatamente o que ia acontecer, e percebi que Beth também estava muito calada, olhando pro nada. Fox pulou no colo dela, fazendo-a sair do transe. Eu estava tenso, havíamos brigado por uma besteira, algo que podíamos resolver depois de uma conversa, como sempre acontecia. Mas Beth estava com cara de quem não queria resolver nada. Ou talvez quisesse.
-Me diz o que você tá pensando – Eu não agüentava mais o silêncio e interrompi dessa forma.
Ela respirou fundo, como quem estivesse se livrando de um peso.
-Eu preciso de um tempo.
“Por quê? Sou um péssimo namorado? Não sou fiel ou bom o suficiente pra você? Tudo bem que não tenho sido dos mais atenciosos e companheiros nos últimos tempos, mas realmente preciso de um choque desses pra me corrigir? Eu respeito sua decisão, Beth, mas me diga o que posso fazer!”
Eu pensei em quinhentas mil coisas diferentes pra perguntar. Ao invés disso decidi deixá-la em silêncio. Levantei e fui pra janela. Talvez a minha recusa por seguir manuais e fazer "o que todo namorado faz" (como ela me falava) não havia sido a melhor coisa pra ela. Beth sentia falta do que a gente não fazia, do que a gente não vivia, do que eu me recusava a fazer e viver. E principalmente sentia falta de sentir-se minha namorada. Eu sabia o que faltava, só não sabia como suprir. Eu sabia que ela odiava quando eu sumia e depois aparecia dizendo que tava com saudade, quando eu me calava olhando-a sério por algum tempo, quando eu tinha ataques de grosseria momentâneos e não pedia desculpas deixando-a triste e sem saber o que fazer, quando a desarmava com um olhar carente, quando a contrariava, quando me defendia numa briga que ela acreditava estar absolutamente certa. Beth não agüentava mais isso e seu cansaço estava impresso nas suas olheiras. Só me restou o silêncio...
Ela levantou e foi pro nosso quarto. Quando voltou trazia uma mala com algumas roupas. Eu entendi tudo e coloquei a coleira em Fox; com certeza ele não ia querer ficar comigo.
-Você precisa de carona? – Eu perguntei.
-Não, meu pai está vindo me buscar.
Eu desci junto com ela e ficamos esperando por ele na porta do prédio com a mala e com Fox. Ao longe a caminhonete do pai dela já aparecia. Ela me beijou. Aliás, havia sido assim nos últimos meses; ela me beijava, me procurava, me cobrava, me ligava, me amava... Ela, ela, ela. Sempre ela! Mesmo eu tendo sempre deixado bem claro o quanto a amava e a respeitava (e de fato, eu o fazia), eu sentia que faltavam mínimas coisas que por vezes valiam mais que isso. Acho que Beth estava cansada disso também.
E em silêncio, céus, só eu sei o quanto ela detesta meu silêncio!
E em silêncio deixei meu amor ir embora.

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domingo, 31 de maio de 2009

Poeminha incompleto

.

bem que eu podia jogar tudo que tenho num copo
pra te refrescar uma tarde, pra te molhar a garganta
ou te dar um nó nela, quem sabe...

eu podia te cobrar uns ducados...uns bocados
só pra alegrar tua vida, te fabricar um bom dia
é...eu podia te vender alegria,
pra te alegrar a manhã
ou fazer uns doces quem sabe...
(doce de limão...)

mas eu nem sou tão bom, eu nem sou tão mal
sou mais como um vaso na mesa, algo no pé da porta
no pé da escada, esperando um tropeço
(quase que como uma vontade enorme de se fazer notar...)

.

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

cinco minutos

ela queria cinco minutos de conversa
o bastante para olhar no olho
o suficiente para falar da saudade
o tempo certo para um beijo
e nada mais

mas ele achava besteira
tinham a vida inteira
era tempo o bastante para olhar no olho
para sentir e falar da saudade
para muitos beijos
e tudo mais

ela achava que esses cinco minutos eram cruciais
importantes como uma vida inteira
podiam valer mais que anos
que importância teria o calendário
diante do momento agora?

ele achava que o agora podia esperar mais um pouco
tinha outras urgências
e podia-se esperar mais cinco minutos
ou deixar para amanhã, para o fim de semana
para a semana que vem
para o infinito
...

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

diálogo

- Eu vou lavar meu pé na bica.

- Vai nada que mainha não vai deixar.
É capaz de você pegar um resfriado até.

- Deixa de ser burro, resfriado é no nariz.
Eu só vou lavar o pé.

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domingo, 3 de maio de 2009

Morrison hotel



The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
"Father ?", "yes son", "I want to kill you"
"Mother...I want to...fuck you"


Porque nem sempre o mundo é bonito. Não é mais pra mim...

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sábado, 25 de abril de 2009

pronunciamento

não me guarde na lembrança
no esquecimento, no torpor
não me deixe lenta entre a vontade
o amor e a saudade

convivendo com silêncio.

se não cabe a mim a vida,
os suspiro
e os teus versos
não destine a mim tua boca muda
tua despedida,
teu inverso
sem sentido

onde se esconderam os risos
as músicas
os olhares
e os cheiros?

se não é pra ti
o cuidado guardar desse amor
onde está a porta de saída da lembrança,
e a casa guarida do desejo?

onde é o botão que desliga
você em tudo que vejo?

congela a tua dor
a tua boca cala
não cante lamentações
sorria a tua alma
que não há morte do amor
em definitivo

memora que nos abraçamos
corações beijaram-se
uma flor rompeu
a timidez que havia

e isso pode não ser
um final feliz
pois que
não é um fim

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

maria manteiga resume...

.

Outro dia descobri que havia tempo não te dava nome novo
poupei e muito teu coração de ouvir novas e tão sutis carícias desse meu coração rabugento
Ora! Que eu te resumi nas minhas coisas mais coisadas...
(ou resumi minhas coisas em ti!?)
Não sei dizer, pra variar...
Eu te resumi numa manhã de sol e numa noite estrelada
de lua minguante, que como num choro minguado de uma saudade crescente
quase se diz lua nova, quase ausente...
te resumi nas flores que ainda não te sei trazer ou entregar
e nos aromas...
(aqueles que meu nariz problemático me concede a graça de provar...)
Sei que te resumi (e muito) em muitos pedaços, várias partes...várias!
Para que em cada migalha 'avuante', em cada suspiro adiante
em cada respingo de cada lembrança inocente
'indesejantes' e aleatórias...
me venha à cabeça uma coisa tua
pois não há, amor meu, escapatória
pois te resumi àquilo que cabe no meu peito
(e à cada batida...)
à cada metamorfose lunática (yo soy de lua) diária
às borboletas de mim, e ao frio na barriga
te resumi aos bem poucos, das relutâncias 'fragmentosas' do meu dia
(aquelas lembranças 'tico de nada' que insistem)
e naquela pausa que antecede por segundos a consciência de que se existe
É, acho que fiz um bom resumo de ti nas coisas minhas
te dizendo bem pouco, te espalhando ao máximo
(Se enrosca, se funde!)
como requeijão na bolacha, como pão com manteiga...

em mim...

.

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domingo, 19 de abril de 2009

Maria Flor

Segunda-feira, 20 de abril.

Querido Diário:


Há algum tempo não escrevo, então já acumulei muitas coisas pra contar.

Pra começar, o Luís (aquele gato da oitava série!) veio falar comigo hoje. Ele veio me devolver um prendedor de cabelo que eu deixei cair ontem na saída. Ele achou! E pegou pra me devolver! Ai, ai...será que vai demorar muito pra ele me pedir em namoro? Espero que não, melhor eu aproveitar enquanto tou solteira, né? E se ele reparou num prendedor tão pequeno em mim é porque anda me observando; e se tá me observando, é porque tem algum interesse em mim, com certeza!

Bom, agora vem a Jamily, aquela mocréia da sala do Luís. Ela vive encangada no pescoço dele pra cima e pra baixo, guinchando “Luís” pra lá, ou ainda, “Lulinha!” pra cá. AAHHFF! Queria que um trator passase por cima da cara dela e frizasse a chapinha dela toda! E aquela boca enlatada dela, aquele aparelho desprezível, cor de rosa, manchado de batom. Ontem quase que eu chamava ela de p... no meio do pátio. Imagina que aquela vaca derrubou o meu sorvete e ainda veio com um “foi sem querer, querida”. Cadela! Ela fez de propósito e ainda manchou meu uniforme! Pelo menos num fui suspensa; se eu tivesse chamado ela de p... no meio do pátio de um colégio católico, minha carta de suspensão estaria instantaneamente pronta.

Ah, outra coisa que eu queria registrar. Minha mãe, por causa da mudança, me mudou pra esse colégio. Eu até gosto de lá às vezes; as freiras são legais e os meninos não ficam comendo a bunda de ninguém com os olhos (não na frente dos padres e das irmãs). Eu sempre encontro um lugar legal pra escrever, pena que sempre tem alguém me observando. Da última vez, foi Nossa Senhora de Fátima. Tem outras coisas que eu não gosto, como, rezar antes da merenda, rezar antes de entrar pra aula, saias na altura do joelho, cabelos presos e blusas extra-fechadas. Perguntei pra um padre um dia desses o porque de tantas privações.

-Temos que seguir o recato, filha, são os maiores dotes que um ser humano pode adiquirir.

-E onde tem dizendo que eu tenho que seguir isso?- Perguntei eu cheia de curiosidade.

-Na bíblia, o livro onde está registrada a palavra de Deus.

-E como eu vou saber que realmente foi Deus que escreveu a Bíblia?

-Deus ditou suas palavras aos seus apóstolos, filha, e assim a bíblia foi escrita.

-E como eles sabiam que era Deus que estava ditando as palavras?- O padre estava ficando impaciente.

-Eles tinham fé; acreditavam em Deus e Deus lhe mostrou confiança ditando-lhes as palavras da bílbia.

-E de onde Deus estava ditando?

-Do céu, sua morada.

-Padre, e se Deus não existisse? Eu teria que usar essas saias ainda assim?

-Se Deus não existisse, o mundo estaria um caos e com certeza você não existiria.

-Por que?

-Porque ele a fez.

-Quem me fez foram meus pais.

-Sob concepção do poder de Deus.

-Não, padre, minha mãe que parou de usar o contraceptivo.

-Onde quer chegar, pequena?- O padre me olhou como se fosse me mandar à um exorcista após a próxima pergunta.

-Quero saber porque devo usar essas saias. Certo, porque Deus diz assim. E por que eu devo acreditar no que Deus diz?

-Por que ele é o criador da humanidade e das coisas belas da Terra.

-Eu também sei criar coisas legais, eu pinto quadros legais, sabia?. Quero saber por que devo acreditar em Deus!

O padre me mandou rezar alguns pais nossos e algumas ave marias (que eu não prestei atenção quantas) e saiu resmungando algumas coisas em latin que eu não entendi. Eu vim pra casa, tinha um quadro pra terminar e tinha que contar o lance do prendedor que o Luís me devolveu pra você, diário!

Até minha próxima aventura! o/

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domingo, 12 de abril de 2009

Lógica de brincadeira

foto: alone gut

-Daí a serpente marinha surge do nada e engole a mocinha dos cabelos dourados e...

-Paulinho, acaba esse banho logo menino!

-Ô manhê, só mais cinco minutinhos vai... a serpente tem que terminar de fazer a refeição dela!

Afinal de contas todos temos nossas necessidades não é mesmo?

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Matutância

.

É...
acho que cansei de matutar minha madrugada vazia
mais alguns suspiros, mais alguns lamentos
buscando no fundo da cuca, no fundo do pote outro doce
(overdose de açúcar...)
que doces minhas palavras...
não...não te escreverei mais nenhuma palavra caro leitor amargurado
meu coração está sarado!
não há mais razões para te escrever outros lamentos
(se bem que é sempre tão bom inventar dores novas...)
somente por um pouco mais de audiência...

pronto!

Cá estou curada da minha canseira de figurar novas peças
novos amores, novas verdades e mentiras...
como que encubida de me proporcionar outra novela mexicana
deixa estar...que a vida é curta pra encenar esse nosso teatro
me faz rir, que te faço chorar
(não partirei teu coração, te dou apenas um belisco no braço...)
mas não me tenta calar de alguma forma esse meu canto desritmado
porque não há, meu caro amigo
(e já nem sei mais teu papel nesta peça...)
nesse mundo eu espero...
algo que me cale o que trago aqui dentro
e o que eu te trago agora e apenas
é toda a sinceridade de um sorriso vago...
(esse meu sorriso de banda!)
então...

PROVOCA-ME!

.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

como se escreve um poema de amor?

anota aí:

não tem receita?
Não tem.

Tem um manual?
Não, não tem.

Tem orientação?
Hum... não sei bem.

E, como faz pra saber se fez certo?
Não sei se faz, não sei se fez.

E poemas de amor
pra quem é que se escreve?

Para uma pessoa qualquer
mesmo que não merece.

E pra quê é que se escreve
poemas de amor?

Pra botar no mundo
alegria no lugar da dor.

E por acaso adianta
essa tal de alegria?

adianta sim
ou ninguém escreveria.

E se for sofrida
a minha poesia?

bem mais bonita
até que ficaria

com dor, saudade
e gemido?
pode pôr isso também?

poema de amor, meu filho
de tudo que sente tem.

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