segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dos amores que tive e tenho...

Em tudo que sucede Abril...

Azedo
Diz que é azedo o sabor dos teus dias
pois que essa doçura tua é estar em cela
feito cana doce, feito cana pura
embreagante travessura
que culmina em mordida na orelha
[priva-me que um dia te alcanço, viajo, viajo...]

Loucura
Diz que é loucura te beijar a boca
pois que o ato grava na testa a índole
feito carimbo e letreiro, feito atestado de óbito
irresistível aventura
que culmina em caixas e lembranças
[como na promessa de não ser jamais, apenas portas fechadas...]

Ameno
E do acaso tive a sorte de ser tu resposta
para um miolo contido, retido, trancado
fez do amanhã distante um 'só para viver o hoje'
fazendo da dança da vida um múltiplo orgasmo
ao respirar teus ares como te consumindo
te absorvendo, te englobando, te sentindo

pois que o amor mais ameno é o menos ameno de todos
pois treme, rasga, grita, incontrolável e pungente
nos corpos, nas almas, nas mãos
e culmina no toque suave das pontas dos dedos
[na promessa de ser dalí em diante, em diante, em diante...]

pois nos amores mais amenos o para sempre inexiste
existe apenas um e outro e mais nada...

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