e não venha esperar de mim benevolência...
não vou mais me gabar dessas minhas linhas tortas
não vou mais me iludir por estas tuas curvas
tu que me destes tanto pra sonhar acordada
hoje me fecha os olhos a mensão de novo dia
sei bem que neguei..a mim, a ti... esse canto
recatei teus litros de amor e concreturas
e chorei a ti, amor, as verdades minhas
[e pois, hoje vivo de sonhos, futuro e dieta]
cansei de rimas e coisinhas melodiosas
desses nossos milindros, frufrus e pelúcias
desses nossos livros de coisas guardadas
das nossas revistas de coisas e memórias póstumas
[como que semeando cores em treva]
é o que se diz daquilo que não tem fim certo
mas pra que ter fim coisas que nunca mudam?
se é amor, ou similar ou nem isso
deixa que seja, então, cedo ou tarde, um novo dia
[que um dia as horas cansam de não passar...]
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Títere
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Atire-Se!
Quem nunca se apaixonouQue atire a primeira pedraAtire-se aos suspirose ao frio na barrigaEi, você, que nunca se apaixonouAtire-seÀs loucuras impetuosasÀ ansiedade do toque do telefoneÀs batidas na janelaAos beijos escondidosAos beijos tímidos e aos lascivosAos beijosAtire a primeira pétalaDa primeira declaraçãoDa promessa de eternoDos sonhos acordadosE de perder a razãoAtire-se às pedrasAtire-se ao rioAtire floresAtire elogiosAos doces compartilhadosAos momentos inesquecíveisAos poemas ensaiadosE aos versos indizíveisAtire olhares encantadosAos olhos do ser amadoE, atire-se aos braçosAtire a primeira pedraquem nunca se apaixonou.Atire-se!
sábado, 5 de dezembro de 2009
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